Friday, February 24, 2006

Paralelas




As equações do campo gravitacional que relacionam a curvatura do espaço à distribuição da matéria já estão começando a fazer parte do raciocínio comum.


Inspirado no livro “As Cosmicômicas”, de Ítalo Calvino especificamente extraído no conto “A força do Espaço”, Paralelas aproveita-se do imaginário proposto, para dedicar-se à experimentações aéreas que retratam a relação entre o Rei Cosmi, a estrela Úrsula H’x e o tenente Kz, dividindo espaços paralelos em uma galáxia desconhecida.
Pontos sem encontro, quedas no vácuo e distâncias de fato.
Paralelas são as linhas, das quais uma a cada um pertence em particular. Prisioneiro do trajeto por elas imposto, sonha o Rei Cosmi com Úrsula H’x encontrar-se um dia, nem que fosse a um palmo tocá-la no segundo mais breve do tempo no espaço, onde o olhar do tenente não alcance. Esperaria milhares de cálculos e anos luz pela ciência, ou apenas um SIM e todas as paralelas do espaço formariam uma única, e desta forma simples, poderia delicadamente seguir a estrela enquanto sua luz brilhasse.

Paralelas estreou dia 13 de agosto de 2004, e teve direção direção cênica e dramaturgia de Patrícia Unyl e direção coregráfica de Jussara Miranda. No elenco Alexandre Bado, Marlon Spilhere e Vera Carvalho.
A trilha foi composta por Guenter Andreas. O trabalho de técnica vocal foi orientado por Cuca Medina e o cenário foi criado por Zoé Degani, que criou três estruturas de ferro, de 3 metros de altura onde os bailarinos construiram a atmosfera cósmica, que foi iluminada por Mirko Zanini.

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